Uma autora que marca a sua estreia na crônica já com uma conquista. Foi o que conseguiu a escritora e poeta cajazeirense Amanda Karla de Sousa, mais conhecida como Amanda K., que obteve, com o livro Unhas, política e Aristóteles, o primeiro lugar, nessa categoria, no Prêmio Políbio Alves de Literatura, realizado pela Fundação Cultural de João Pessoa, órgão da Prefeitura Municipal. “Para mim foi uma surpresa, pois, se o livro foi escolhido, acredito que minha escrita está surtindo efeito e prossigo no caminho certo”, confessou ela, que receberá, pela colocação, R$ 6 mil e a publicação do livro por parte da Funjope.
A escritora informou que a obra reúne aproximadamente 40 crônicas, publicadas a partir de maio de 2020 até o mês de maio passado, no Jornal A União, no qual escreve no caderno de Cultura, na edição das sextas-feiras. “Eu escolhi para dar título ao livro o de uma das crônicas, porque fala sobre o feminino, quando se refere a unhas, a política, de maneira sutil, mas não partidária, e a referência a Aristóteles é porque tenho escritos filosóficos, buscando o lado bom das coisas”, disse Amanda K., referindo-se ao trabalho literário premiado.
A coletânea ainda reúne textos que abordam outros temas, a exemplo das figuras que passaram pela vida da escritora e a marcaram, como o avô e a avó da própria autora. “As primeiras crônicas são situadas em Cajazeiras, no Sertão, onde passei os primeiros quatro meses da pandemia, no ano passado, mas trato de maneira filosófica, buscando a razão desse problema”, disse Amanda K., que precisou editar a maior parte dos textos, acrescentando ou retirando algo, para poder incluir na obra. “Não tive dificuldade para selecionar as crônicas, pois o critério que utilizei foi escolher as melhores escritas e que passassem mensagens ao leitor”, comentou ela.
“Eu lancei meu primeiro livro, de contos, Cogumelos nascem no telhado, em 2011, com o qual venci o Concurso Nacional de Contos e Poesia que marcou os 60 anos do Correio das Artes, suplemento literário do Jornal A União, e o de estreia na poesia, intitulado Vinis descascando pelas bordas, em 2018, mas, para mim, esse trabalho de crônicas é mais maduro, por ter mais consciência do que estou escrevendo”, confessou Amanda K. “Esse gênero é mais próximo da realidade do que escrevo e pretendo continuar na crônica, que é um gênero universal, com um pé na realidade, mas que também abarca a poesia e a história da vida real, mas com pitadas de ficção para apimentar os temas”
COM INFORMAÇÕES DO JORNAL A UNIÃO
