Observar, antes de criticar

É da natureza humana exercer o papel de crítico. Estamos a cada dia, sem percebermos, emitindo opiniões apressadas sobre algo ou alguém. E o fazemos, muitas das vezes, com um sentido acusatório, julgando e até condenando. Ficamos apontando defeitos no outro, sem nos dar ao trabalho de, antecipadamente, fazer uma análise mais cuidadosa do que estejamos criticando. A crítica impulsiva nasce junto com sentimentos de raiva, desprezo, inveja, e, portanto, tem geralmente efeitos destrutivos.

O ideal é observar, antes de criticar. Termos sabedoria para buscar informações que nos permitam fazer juízos de valor com menor risco de se cometer equívocos ou praticar injustiças. Na observação paciente, anterior ao pronunciamento crítico, exercitamos o respeito, construímos conscientemente convicções que devam nortear nossas avaliações a respeito de qualquer coisa, abrimos nossos olhos para verdades que tínhamos dificuldade em enxergar.

É importante como condição preliminar à formulação da crítica, adotar uma postura de autoconhecimento, para não incorrer no erro de ver o cisco no olho do outro, sem sentir a trave que tem no seu. Não deixar que as certezas alheias influenciem nossa consciência. Deduções precipitadas desprezam a oportunidade de interpretar a verdade dos fatos.

Meras suposições são formas de criticar irrefletidamente, julgando situações ou pessoas sem conhecimento de causa. Manifesta-se nesses casos a imprudência que pode produzir danos irreversíveis, macular imagens ou conceitos irresponsavelmente.

O filósofo Aristóteles já nos ensinava em épocas remotas que “o sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz”. Quem age diferentemente, pode ser vítima da própria ignorância.

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