Jeová, seu mandato não pode acabar e precisa de um substituto à altura

FABIANO GOMES

O deputado estadual Jeová Vieira Campos (PSB) é um daqueles raros nomes da política que não precisa de apresentação. Ético, honesto e amigo leal. Se isso fosse pouco, ainda é um intelectual, que por sua humildade de quem já vendeu alho nas feiras livres de Cajazeiras, nunca usou de sua intelectualidade para ser arrogante.

Jeová também é combativo. Medo é uma palavra que não tem no seu dicionário. Jeová é um dos pouquíssimos deputados da Casa de Epitácio Pessoa que discute com profundidade dos mistérios do planeta Marte como o sexo das formigas. Ele fala não é como ‘tudólogo’, fala como alguém que poucos sabem é um dos melhores advogados em sua área na Paraíba. Como também um baita de professor universitário. Prazer, esse é o cajazeirense Jeová ‘do Ái’.

Tive uma enorme tristeza ao conversar com o Rei do Ái neste fim dessa semana, quando ele me disse que não disputaria mais um mandato eletivo. Como Cajazeirense, retruquei de imediato: “Jeová, Cajazeiras não pode perder um mandato como o seu. Produtivo e combativo”.

Jeová tentou me convencer, mas não me convenci. Me sentirei meio que órfão de um cajazeirense como Jeová na tribuna da Assembleia. Mas, nem tudo está perdido. Jeová tem um primo que tal qual, também saiu pelas ruas de Cajazeiras vendendo tranças de alho penduradas nas costas.

Esse, diferente de Jeová, que desde muito cedo se dedicou à política, mergulhou no mundo empresarial e só muito tempo depois de estar com os alicerces de suas empresas firmes, ingressou na política. E quem conhece o Sertão sabe que Chico Mendes se tornou um modelo de gestão para todos os municípios da Paraíba e também do Brasil.

Chico Mendes é disparadamente o mais aprovado prefeito do Estado. Daí encontrei uma saída. Nem de longe o legado de Jeová pode morrer, alguém tem que assumi-lo, alguém tem que honrar mandatos tão proveitosos para nossa região que Jeová desassombrado fez. O apelo vai para Jeová e a Chico Mendes, ao mesmo tempo. A nossa região não pode se dar ao luxo de perder um vendedor de alho com assento na Assembleia.

FABIANO GOMES É JORNALISTA

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