De rádio e de radialistas

O tribuno Alcides Carneiro já disse, em alto e bom som, que “Cajazeiras, [é a] cidade que ensinou a Paraíba a ler”. E tanto disse que este aforismo já se tornou um lugar comum, dito e repetido por este Brasil a fora. Mas, eu, limitado cronista telúrico, atrevo-me a cunhar este outro que vive a remoer a minha mente e as minhas lembranças: “Cajazeiras, a terra que ensinou a Paraíba a falar…” (… ao microfone).

Brincadeiras à parte, estive a relembrar o quanto a nossa terra criou, alimentou e “exportou” pessoas ligadas à radiofonia por esse Brasil afora.  Repasso, aqui, nomes que povoam a minha mente com relação às atividades jornalísticas, radiofônicas e televisivas, e que engatinharam em estúdios de Cajazeiras e “criaram asas”, fazendo história por aí afora.

Evidentemente, relembro aqui apenas aqueles com quem convivi ou dos quais tive notícias, num período mais ou menos recente.

Vamos então a eles, sem preocupação de dar-lhes prioridade em suas competências, mas, tão somente, citando-os na medida em que seus nomes vão surgindo em minha lembrança:

1. Iata Anderson, nascido na Rua Epifânio Sobreira, filho de Mundoca (Raimundo Alexandre de Oliveira) e Maria de Lourdes Oliveira. Ele foi meu contemporâneo escolar, nos tempos da professora Salomé Leitão e, depois, já no Sul Maravilha, fez-se jornalista e privou da amizade de Pelé, sendo chamado pela crônica sulista de “amigo do rei”;

2. Aécio Diniz, nosso companheiro e amigo dos bancos escolares do Grupo Monsenhor Milanez, que começou nos serviços de alto-falantes da Difusora e chegou a cargo de direção dos Diários Associados, sendo reconhecido em todo o Nordeste. Hoje, goza de merecida aposentadoria, no bairro de Manaíra, na Capital do Estado;

3. Gil Gonçalves, da conhecida família cajazeirense Teberges, imperou na radiofonia de Campina Grande, mais precisamente, na Rádio Borborema, onde gozava de grande prestígio;

4. Gilson Souto Maior, “cria” radiofônica de Mozart e José Adegildes, fez nome em Campina Grande e continua fazendo na Capital do Estado. Envaideço-me de tê-lo como confrade e “imortal” de nossa recém-criada Academia Cajazeirense de Artes e Letras / ACAL;

5. Nilvan Ferreira, batalhador, desde os tempos da invicta NPR, serviço de alto-falantes, ainda na Av. Camilo de Holanda, sob o comando dos seus familiares;

6. Lena Guimarães, de tradicional família cajazeirense, ainda impera no Sistema Correio;

7. Lúcio Vilar, dos microfones cajazeirenses para o ensino de jornalismo na nossa UFPB e, hoje, figura ímpar nos festivais cinematográficos e outro “irmão” nosso na ACAL;

8. Cristovam Tadeu, “cajazeirado”, com família oriunda de nossa terra (seu pai, nosso amigo e colega de seminário, Esmeraldo Gomes Vieira), artista nato, que chegou a cargos diretivos na Rádio Tabajara;

9. Edileide Vilaça, com quem chegamos a “contracenar” nos microfones da CBN;

10. Gutemberg Cardoso, hoje dividido entre rádio e televisão, mais um amigo e colega da ACAL;

11, 12 e 13 – em bloco, os irmãos Guedes: Nonato, Lenildo e Lenilson, os dois primeiros, “imortais” de nossa Academia;

14. Walter Cartaxo, de neófito na DRC, a locutor oficial do Palácio da Redenção;

15. Aragão Júnior, dos microfones da Alto Piranhas, com o seu “No Terreiro da Fazenda”, para os estúdios alagoanos e cearenses;

16. Jôsy Aquino ou, simplesmente Jô, ainda brilhando em cargo diretivo da Rádio Tabajara;

17 a 29 – temos que citar em bloco, sem referência profissional, limite ditado pela nossa limitação de espaço (com perdão pelo trocadilho): Josival e Jarismar Pereira, Fernando Caldeira (polêmico articulista do jornal Gazeta do Alto Piranhas), Sales Fernandes,  Kátia Pinheiro, Clériston Oliveira (fazendo TV no Ceará), João Camurça (outro cajazeirado, oriundo de Quixadá-CE), Otacílio Trajano, Antônio Conrado, Antônio Malvino, Adjamilton Pereira, Ubiratan de Assis (de volta à cidade mãe, espalhando cultura em Cajazeiras, e “imortal” da ACAL, e ainda (por que não?) Fabiano Gomes…

Claro que não citamos todos os cajazeirenses ou cajazeirados que fizeram/fazem história no jornalismo paraibano. E, vejam bem, procuramos citar apenas os que deixaram a querida Cajazeiras para espalhar cultura por outras paragens.

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