GILBERTO LIRA
Cotado para assumir cargo no novo governo Lula, o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PT), não suporta duas matérias no Jornal Nacional da TV Globo mostrando o que foi a Operação Calvário e as provas contundentes apresentadas pelo Ministério Público através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Na minha leitura, o presidente Lula vai fugir das polêmicas sobre corrupção e aliados “engachados na justiça” não deverão ter chances ocupando cargos de confiança, principalmente nos primeiros escalões da nova gestão do petista que começa no dia primeiro de janeiro.
Ricardo Coutinho que recentemente voltou ao Partido dos Trabalhadores, foi candidato a senador nas eleições deste ano e ficou em terceiro colocado, atrás de Efraim Filho do União Brasil e de Pollyanna Dutra do PSB.
A Operação Calvário foi desencadeada em dezembro de 2018 com o objetivo de desarticular uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira, filial do Rio Grande do Sul, além de outros órgãos governamentais.
A investigação identificou que a organização criminosa teve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em várias unidades da federação, no período entre julho de 2011 até dezembro de 2018.
A ação investiga a organização criminosa suspeita de desviar R$ 134,2 milhões de serviços de saúde e educação da Paraíba.
GILBERTO LIRA É JORNALISTA, EDITOR DO RESENHA POLITIKA
