A primeira vez a gente nunca esquece

Desde cedo ouvi muito se falar do Dr. Rafael Holanda, um cajazeirense que em Campina Grande tornou-se um dos mais competentes profissionais da medicina e que jamais esqueceu sua cidade e os seus conterrâneos, para ele, isso se falava de “boca em boca”, cuidar de um cajazeirense era um orgulho e, seja ele quem quer que fosse, digo que minha mãe Nazareth Lopes era uma profunda admiradora deste.

Pois bem, como sou daqueles que ama Cajazeiras e o seu povo, evidente que sonhava um dia me encontrar com este cidadão e ter o prazer de apertar a sua mão. Certo dia na festa da Sexta do Sete candeeiros, lá no Cajazeiras Tênis Clube, vejo-o sentado em uma mesa, ladeado pela sua esposa e alguns familiares, falei, é agora vou lá, fui, me apresentei a ele e disse-lhe: “Queria muito apertar a sua mão, falar contigo, sou um dos seus admiradores”.

Ele, com aquele olhar manso, calmo, sereno, disse-me: “Reudesman eu que estou gratificado em falar contigo, acompanho teu trabalho aqui em Cajazeiras”. Vixe Maria, o coração foi a mil batidas, jamais imaginava tamanha atenção e que ele soubesse o meu nome. Essa foi a primeira vez que nos falamos e, jamais esqueci esse momento.

A sua passagem para a morada eterna jamais apagará o sentimento que tenho de um homem extremamente elegante no trato com os seus amigos e com todos aqueles que o procurava para cuidar da saúde ou de outros casos. Na minha memória guardo um enorme espaço para abrigar todos os seus escritos que com profundidade nos transmitia lições de um profundo amor, sabedoria, humildade, que sempre levou a todos nós nos seus artigos na sua coluna do Gazeta do Alto Piranhas.

Mas, Deus ainda guardava um presente para mim junto ao Dr. Rafael Holanda, sentar ao seu lado como acadêmicos fundadores da Academia Cajazeirense de Artes e Letras e, assim fomos empossados.

Neste momento de muita saudade, sei que muitos estão a falar e a escrever sobre o Dr. Rafael Holanda que, como eu, são sabedores da dimensão que é a perda de um homem da sua grandeza.

A Deus só agradecimento em termos tido a felicidade de um dia conhece-lo, apertar a sua mão e tê-lo como amigo, confrade, na verdade, para este seu amigo aqui o Dr. Rafael Holanda é mesmo um imortal. Por fim, a sua esposa, filho e filhas, irmão Nilmar, Luciano e todos os seus familiares o nosso profundo sentimento de pesar.

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