O conceito de igualdade está intrinsecamente vinculado ao princípio da não discriminação. Nas sociedades modernas há sempre a defesa de um estado de igualdade entre os indivíduos, sem diferença de direitos e deveres. O ideal é que não haja distinção entre classes, gênero, etnias, orientação sexual, etc. Todos sendo tratados da mesma maneira.
A ideia da igualdade social pode parecer utópica, mas deve ser um dos pressupostos da boa convivência entre as pessoas. Infelizmente a ganância do ser humano, a sede de poder e de status, fazem com que surjam conflitos que contrariam os fundamentos determinantes da isonomia social. Isso sem falar nos preconceitos que ainda são fortemente praticados pelos que não têm qualquer escrúpulo em humilhar, tratar os outros com soberba ou desdém.
“Todos são iguais perante as leis”, é o que preconiza o artigo quinto da nossa Constituição. Esse é um postulado de qualquer regime democrático. Na prática se sabe que estamos muito distantes disso. Mas vale a intenção colocada na nossa Carta Magna. Todos nós temos o dever de compreender essa norma legal como essencial na coexistência harmoniosa entre as pessoas que vivem numa mesma sociedade.
O termo “igualdade” está cunhado na Revolução Francesa, junto a “liberdade” e a “fraternidade”. Definiam-se ali os direitos do novo cidadão. Iniciava-se efetivamente o processo histórico de conquista dos direitos civis, políticos e sociais por parte da humanidade. De maneira filosófica e analisando seu impacto histórico, com a Revolução Francesa, a igualdade passou a expressar um princípio fundamental para as sociedades à vista que se tornou um escudo contra a opressão e uma ferramenta para a ampla participação política dos cidadãos.
A proclamação dos Direitos do Homem, em 1789, teve um caráter universal, significando a transformação do homem comum em cidadão, ano em que passaram a ser estabelecidos direitos e determinados os seus limites sempre de forma isonômica.
Passou a ser construído todo um ideário contra a segregação baseada em diferenças de sexo, raça, classe social, e credos. A igualdade social é condição determinante da vida digna da pessoa humana. Essa luta deve ser abraçada por todos, na esperança de um mundo mais justo e igualitário. Há, então, uma necessidade de conferir a determinados grupos uma proteção especial e particular em face de sua própria vulnerabilidade. A paz atende pelo nome de igualdade social.
