A derrota da Seleção e a vitória da política

Não vou negar que fiquei triste com a eliminação da seleção brasileira na copa do mundo. Bate no peito um amor patriótico. Mas a vida não se resume ao campeonato mundial de futebol. Temos que encarar outras prioridades na vida nacional. O futebol é apenas um motivo de alegria nacional. E consegue unir divergentes. As derrotas precisam ser encaradas com a disposição de superá-las.

Eu continuo em comemoração. Perdemos no futebol, mas ganhamos na política. Isso sim é emoção de brasilidade. Expectativa de um novo tempo. A seleção brasileira, ganhando ou perdendo, não muda nada na nossa vida. O que muda é a instalação de um governo que se volte para atender as demandas sociais. A partir de janeiro do próximo ano, nos livraremos das permanentes ameaças às instituições e à democracia. Fim de um tempo de conspirações golpistas. Os manipulados ficarão sem discurso.

Passaremos a ter um Brasil sem medo e sem ódio, mas com justiça. O resultado limpo das eleições referendou a opção majoritária do povo brasileiro pelo estado democrático de direito. As transgressões à Constituição terão que ser julgadas exemplarmente pelo poder judiciário. A impunidade poderá realimentar a sanha dos que pregavam o golpe. Embora os monstros da desintegração política e das tentações autoritárias insistam em não aceitar a derrota, a democracia saiu vitoriosa. Só os frustrados não sabem perder, porque se julgam invencíveis. A cegueira idólatra servindo à ideologia do obscurantismo, não conseguiu vencer a esperança de um futuro melhor.

Temos uma grande nação a ser reconstruída. E isso nos faz esquecer essa derrota futebolística. Mãos à obra, é hora de trabalhar, porque são muitos os desafios a serem enfrentados. Queremos um governo marcado pelo caráter social. O respeito às leis, aos contratos, às liberdades individuais e coletivas farão parte deste novo Brasil, prevalecendo o sentimento de coesão social e de solidariedade. Podemos de novo fazer do Brasil o país dos nossos sonhos.

Então, o choro de ontem na desclassificação de nossa seleção na copa do mundo, não abaterá o ânimo daqueles que apostaram na expectativa de um novo tempo, com a implementação de um projeto justo e soberano, diferentemente do atraso e caos social a que fomos jogados nos anos recentes.

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