Rafael, o quase locutor de rádio

Cumprindo plenamente os requisitos pelo seu bom timbre de voz, perfeita dicção e boa entonação, ele estava perfeitamente na condição de realizar o seu sonho de ser radialista e pertencer a robusta e famosa galeria destes profissionais cajazeirenses.

Isto o motivou a procurar Mozart Assis, proprietário da pioneira Difusora Rádio Cajazeiras e como exímio farejador de novos talentos não titubeou e o acatou o pedido.

Radiante e seguro que veria o seu sonho seria realizado e chegou à hora aprazada. Só que havia uma pedra no meio do caminho: o popular sonoplasta Jiquiri, filho do saudoso maestro Esmerindo Cabrinha que obedecendo às ordens de Mozart lhe entrega um longo texto noticioso para ser lido.

Era batata para o nosso querido Rafael, e não teve conversa, com a voz impostada danou-se a ler com tranqüilidade. Porém, havia outra pedra no caminho: uma palavra em inglês! E Rafael gaguejou e fez sinal para Jiquiri tirá-lo do ar, mas como estava numa ressaca braba, mais dormindo que acordado, o nosso candidato a locutor não foi tirado do ar:

“Eita poorrraaa, caguei o p**!”, exclamou o Rafael.

Mozart que tudo assistiu da sua sala, no desespero para o estúdio ainda a tempo de impedir que Rafael continuasse a dizer outros impropérios.

A carreira de radialista, natimorta, virou fumaça!

DO BLOG DO CLAUDIOMAR ROLIM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicações relacionadas
Total
0
Share