Foram nas asas de um Caravan, prefixo PS-CNE, batizado com o nome de “Mascote Azul”, aeronave que faz parte da empresa Azul Conecta, que a cidade de Cajazeiras saiu do isolamento aéreo, depois de perder as linhas da Varig que a interligava, três vezes por semana, desde a cidade do Recife, Campina Grande, Juazeiro do Norte, Fortaleza, Sobral, Teresina, São Luís e Belém do Pará.
Durante toda esta existência, a cidade de Cajazeiras foi campeã em número de descida e subida de passageiros, além do volume de cargas. O avião utilizado nesta rota era o DC-3, ainda do tempo da Segunda Guerra Mundial, que, no momento, em que foi preciso ser trocado por outro mais moderno, no caso um AVRO, a pista de Cajazeiras precisou ser ampliada para 1.100 metros, fato que os poderes constituídos não atenderam e perdeu-se a linha aérea e depois o aeroporto Antonio Tomás perdeu a sua homologação.
Não foi uma reconquista fácil e o jornal Gazeta do Alto Piranhas se irmanou ao sentimento do povo de Cajazeiras e do ano de 1999 até o ano 2017 cobrou toda semana, totalizando 6.251 dias, em suas páginas, uma promessa feita pelo então governador José Maranhão, que construiu e inaugurou uma pista de 1.600 metros e o governador Ricardo Coutinho complementou as obras necessárias para a sua homologação, ocorrida no dia 17 de dezembro de 2016 e no dia 28 deste mesmo mês fez o voo inaugural, tudo de forma oficial, deixávamos de ter um aeroporto clandestino.
Para que Cajazeiras reconquistasse suas linhas aéreas houve a participação efetiva do governador João Azevedo, a quem rendemos nossas homenagens e agradecimentos, bem como a interlocução do prefeito Zé Aldemir e da sociedade civil organizada de nossa cidade.
Neste dia 1º de agosto, Cajazeiras realiza um velho sonho, um sonho Azul, cheio de esperança e que este empreendimento se torne um sucesso e um instrumento de progresso e de muitas alegrias para quem for servido pelas asas do Caravan.
Voa Cajazeiras! O teu destino é o infinito!