Como a banda da extrema direita toca

No dicionário da extrema direita não existe a palavra “empatia”. Já vimos isso em anos recentes aqui no Brasil. Ela, cada vez mais, se aplica no incentivo da deflagração de uma guerra cultural que despreza princípios elementares da ética, da moral, da solidariedade e do respeito às diferenças. Aproveita-se das tragédias para produzir fakenews, por mais absurdas que sejam. O impressionante é que não se contenta em apenas disseminar mentiras, sem qualquer sentimento de pesar pelas vítimas das catástrofes que temos enfrentado e parte para a baixaria, desde que consiga confundir a opinião pública. Quanto mais dramático for o cenário do caos, mais adequado para que possa exercer a sua forma de falsear realidades e alcançar os objetivos políticos almejados. Transforma os fatos em narrativas que atendam seus interesses ideológicos, num reprovável aproveitamento político do flagelo provocado pelos desastres ocorridos.

O Brasil inteiro tem manifestado um sentimento humanitário diante das enchentes que estão vitimizando a população gaúcha. No entanto, extremistas da direita nacional, incluindo histrionicos parlamentares que integram as bancadas do Senado e da Câmara Federal, além de alguns jornalistas e influenciadores midiáticos, criam, diariamente, notícias falsas sobre a tragédia, procurando causar pânico e desmotivar as ajudas que estão chegando ao Rio Grande do Sul. Eles não se inibem e permanecem desafiando a justiça, apostando na impunidade. É uma obsessiva intenção de atacar o presidente Lula, despudoradamente. Não se conformam em ver o que o governo federal vem fazendo em socorro ao povo gaucho, constituindo-se como a maior intervenção do Estado, já vista na história das intempéries vividas em território brasileiro. O mais surpreendente é que têm um público que aceita as mentiras por eles divulgadas,

É a mesma turma e o mesmo método. Nem sequer tentam mudar a linguagem utilizada. Foi assim durante a pandemia da Covid, na campanha eleitoral de 2022, após a derrota nas urnas e no fatídico 8 de janeiro do ano passado. Nos últimos dias vêm repetindo mentiras com o propósito de sabotar as ações de ajuda às vítimas das cheias. É uma estratégia perversa de desinformar as pessoas. Percebe-se um esforço irresponsável para prejudicar os trabalhos de resgate e da reconstrução do Rio Grande do Sul. É preciso, urgentemente, que esses criminosos sejam alcançados pela justiça. Numa situação caótica como a que está vivenciando o povo gaúcho, é inaceitável que sejam poupados da responsabilização pelos danos causados pelas informações inverídicas propagadas.

A extrema direita brasileira não desiste de causar mal ao país e à nossa democracia. Teorias da conspiração e conteúdos falsos são compartilhados pela indústria da desinformação. O uso das redes sociais agudizando a polarização política, quando o momento exige unidade nacional. Os vínculos e conexões são visíveis na Internet, alimentando e amplificando vieses ideológicos. Está convencida que, assim agindo, um dia voltará ao poder. Não conseguirá, porque as instituições republicanas brasileiras já deram demonstração de que estão unidas em defesa da democracia. O que causa perplexidade é ver que esse pessoal se afirma como um grupo de “patriotas”. Já não nos surpreende a forma como “toca a banda da extrema direita”. Os democratas estão preparados para enfrentá-los.

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