
Cumprindo plenamente os requisitos pelo seu bom timbre de voz, perfeita dicção e boa entonação, ele estava per- feitamente na condição de realizar o seu sonho de ser radialista e pertencer a robusta e famosa galeria destes profissionais cajazeirenses.
Radiante e seguro que veria o seu sonho seria realizado e chegou à hora aprazada. Só que havia uma pedra no meio do caminho: o popular sonoplasta Jiquiri, filho do saudoso maestro Esmerindo Cabrinha que obedecendo às ordens de Mozart lhe entrega um longo texto noticioso para ser lido.
Era batata para o nosso querido Rafael, e não teve conversa, com a voz impostada danou-se a ler com tranqüilidade. Porém, havia outra pedra no caminho: uma palavra em Inglês! E Rafael gaguejou e fez sinal para Jiquiri tirá-lo do ar, mas como estava numa ressaca braba, mais dormindo que acordado, o nosso candidato a locutor não foi tirado do ar:
A carreira de radialista, natimorta, virou fumaça!
DO BLOG DO CLAUDIOMAR ROLIM