O GloboEsporte.com apurou que atletas de Treze, Campinense e Atlético de Cajazeiras, clubes que, ao lado do Botafogo-PB, vão representar o estado em competições nacionais em 2020, pediram o Auxílio Emergencial do Governo Federal, mesmo tendo carteira assinada.
Pediram auxílios os atletas Edgar Lopes e Testinha do Atlético de Cajazeiras, Alex Maranhão, Uesles, Rafael Ibiapino, Peu e Caio Ruan do Campinense, além de Nilson Júnior, Paulo Wanzeler, Douglas Lima, que fazem parte do elenco do Treze, e ainda Rafael Oliveira, que foi dispensado pelo Galo, mas que recebeu o auxílio enquanto tinha contrato com o time de Campina Grande.
Treze, Atlético de Cajazeiras e Campinense foram clubes do futebol paraibano que mantiveram seus elencos mesmo durante a paralisação do futebol brasileiro em virtude da pandemia de coronavírus. São agremiações com mais recursos do que a maior parte dos participantes do Campeonato Paraibano e serão representantes do estado na Série C (Treze) e na Série D do Campeonato Brasileiro (Atlético de Cajazeiras e Campinense) nesta temporada.
Uma dos critérios básicos para que o cidadão receba o Auxílio Emergencial é não possuir vínculo empregatício com carteira assinada. O que não se aplica aos atletas, que, durante o período em que receberam o repasse do Governo Federal, estavam contratados pelos clubes. Em todo o Brasil, os órgãos de fiscalização de contas encontraram mais de 620 mil pessoas recebendo indevidamente. O prejuízo ao Estado Brasileiro já ultrapassa R$ 1 bilhão, segundo estimativas.
O Atlético de Cajazeiras se posicionou de maneira oficial: “O Atlético Cajazeirense de Desportos vai conversar com os atletas agraciados com o auxílio emergencial, mas não iremos nos posicionar sobre, tendo em vista que seja algo pessoal. Entretanto, não temos dúvidas que os mesmos irão fazer a devolução do valor já recebido”.