Barragem de Engenheiro Avidos

A ideia para a construção do Açude de Boqueirão floresceu por volta da época da grande seca de 1915 (veja-se o romance “O Quinze”, da cearense Rachel de Queiroz). Com a repetição de uma nova seca, em 1919, foram feitos apelos veementes ao então Presidente Epitácio Pessoa, através de sua esposa Mary Sayão Pessoa.

Estudos nesse sentido foram iniciados pela Inspetoria Federal de Obras Contra a Seca (IFOCS), objetivando a construção de vários açudes na região nordestina. Os trabalhos foram, realmente, iniciados em julho de 1921, porém, em 1925, por questões de natureza política, como ainda hoje acontece, o novo Presidente Arthur Bernardes determinou a paralisação dos trabalhos, que somente foram retomados pelo novo Presidente Getúlio Vargas que, certamente, foi levado pelas consequências de uma nova grande seca (1931/1933).

Assim, os trabalhos foram retomados em 1933 e, de forma recorde, concluídos em 1934. A direção operacional dos trabalhos, já sob a responsabilidade do DNOCS, foi confiada ao Engenheiro Lauro Melo de Andrade que, por motivo de enfermidade, foi substituído pelo colega Engenheiro Moacyr Monteiro Avidos, que também veio a falecer durante a construção, acometido da epidemia de tifo-desintérica. O seu sobrenome serve hoje de nome oficial tanto do açude, quanto do Distrito.