Seu João, São João e as São-joanenses

Sábado passado (20/06) compareci a mais uma cerimônia de entrega de Cidadão São Joanense, outorgado pela Câmara Municipal de São João do Rio do Peixe ao muitas vezes agraciado com tal título em suas respectivas cidades, o maior dos nossos empresários, João Claudino Fernandes. Para mim, deve ser a quinta ou sexta vez que tenho o prazer e a honra de ser convidado para semelhante evento, como sempre muito concorrido. Meu maior objetivo, ao lado de participar dessas homenagens, era apresentar a D. João, minha filha caçula, que está cursando medicina, a mesma profissão de seu avô, e um dos maiores amigos de D. João; Dr. Waldemar Pires, que quando eles moravam aqui, almoçavam juntos no consultório de papai, situado à Praça João Pessoa e eu quando menino levava as marmitas, meio a contragosto, mas minha mãe fazia questão de que seu filho fizesse alguma coisa além de estudar…

Como nos outros eventos semelhantes, se desfiou a impressionante trajetória do menino nascido em Luiz Gomes e que galgou os mais elevados postos na área do empreendedorismo, e no caso dessa entrega, até com certo exagero, reconhecido pelo homenageado, que falou que: “até namorada arranjaram para mim em São João…”.

Então também se citou que numa outra ocasião eu assisti, quando D. João recebia o mesmo título em Lavras da Mangabeira (a terra de D. Socorro, sua falecida esposa), foi que primeiro viu um retrato dela, ficou interessado, e pediu para que fosse a ela apresentado, se repetiu o que eu presenciei lá, há mais de uma década. No mais, D. João apresentou um quadro onde se falou de todos os indivíduos que exerceram o comércio em Antenor Navarro, hoje São João, inclusive meu avô materno Adriano Brocos, falecido na década de 40, alem da memória, assessoria…

É chover no molhado, continuar comentando a ocasião e faço minhas as palavras ditas por seu filho, o Senador João Vicente, seria como existir sensação nova na 12ª lua de mel de Elisabeth Taylor.  Então vou apresentar a novidade que vim a saber com essa vinda à terra adotiva de meu avô. Depois, conheci algumas senhoras lindíssimas, mesmo da terceira idade, que, perdem um tempo precioso, pasmem: Lendo essas bobagens que eu escrevo, uma até fica acabando sua tesoura recortando e guardado esses textos. Fico enormemente agradecido, pois nunca pensei que até fora dessa cidade houvesse alguém que tivesse a paciência de ler essas bobagens. Essas insuspeitas leitoras são-joanenses (a São-Joanense, uma personagem do livro O Crime do Padre Amaro de Eça de Queirós…).

Então para homenageá-las vou contar um fato sucedido há muitos anos em minha casa: Mamãe, estava acompanhada de uma senhora muito distinta, e me apresentou como sendo “a tia de John” (John Ericson Cartaxo, filho de seu Eudes, nosso amigo), então ficamos a conversar por algum tempo, o suficiente para saber que a senhora era dotada de educação e inteligência. Depois, foi que fiquei sabendo que ela era a grande Rosilda Cartaxo, escritora, historiadora e por aí vai que com o tempo, tive a oportunidade conhecê-la mais de perto, ler seus escritos e admira-la, era uma das pedras angulares de nosso meio cultural, e seus livros eu os tenho alguns e até com carinhosas dedicatórias. Agora inclusive eu reli As Mulheres do Oeste, de autoria da Baronesa do Rio do Peixe (Rosilda), em que cita as mulheres mais importantes dessa nossa região; nenhuma das que conheci figura neste livro, pois nem minha mãe faz parte dele, apesar de minhas duas avós, Crisantina e Cecília fazerem parte, e a fotografia da capa ser de uma tia avó minha, Rosa Matos. Com Certeza as genitoras de minhas novas amigas devem figurar neste livro.

Assim nesse texto, registro minha satisfação de fazer uma singela homenagem a essas são-joanenses de mau gosto, Cito o nome de Selma Pires Cartaxo, que Pires e Cartaxo, tem de ser minha parenta, em nome da qual estendo, como dizem os políticos, às demais leitoras, assim passo a ter a responsabilidade de merecer sua incompreensível estima por meus escritos, e espero que perdoem meus erros, inclusive os de gramática.

Obrigado Dom João Claudino, obrigado São João do Rio do Peixe, e obrigado às minhas leitoras são-joanenses, que me farão escrever minhas bobagens com mais prazer e conseqüência.

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