Praça Dom Moisés Coelho

Trecho em que a Rua Padre José Tomaz, após seu cruzamento com a Pedro Américo, alarga o seu leito até o Cemitério Coração de Maria. Aquele trecho era inundado pelo riacho das Velhas, que durante o inverno, dificultava a passagem de pessoas que transitavam por aquele local. Em 1919, Dom Moisés Coelho, utilizando recursos da campanha em favor dos flagelados, mandou construir um pequeno pontilhão, que disciplinou o curso daquele riacho.

Após a inauguração do Grupo Escolar D. Moisés Coelho, a 21 de janeiro de 1951, pelo Governador Oswaldo Trigueiro, aquele trecho passou a ter maior importância, no contexto urbano da cidade o que levou o Prefeito Octacílio Guimarães Jurema a construir a Praça Dom Moisés Coelho que o povo denominou de Praça do Espinho, numa malévola referência aos cactos plantados em seus canteiros. Alguns anos depois, foi reconstruída pelo Prefeito Francisco Matias Rolim, que lhe deu uma nova estrutura, inaugurando-a, festivamente, a 4 de fevereiro de 1978.

Dom Moisés Sizenando Coelho nasceu a 8 de abril de 1877, no sítio Riachuelo. Filho de Raimundo Sizenando Coelho e Maria Lourenço da Circuncisão Coelho, iniciou seus estudos no Seminário de Olinda, de onde se transferiu para o Seminário Diocesano da Paraíba. Foi ordenado a 1º de novembro de 1901, por D. Adauto Aurélio de Miranda Henriques. Logo após sua ordenação, exerceu o cargo de Capelão das Irmãs Dorotéias e Vice-Diretor do Colégio Santo Antônio, em Natal, Rio Grande do Norte, sendo nomeado em 1903, para o cargo de coadjutor daquela Paróquia da capital potiguar. Foi vigário de Ceará-Mirim, daquele Estado, regressando em 1904, à Paraíba para exercer o cargo de Diretor Espiritual do Seminário Diocesano, do qual foi, ainda, professor de Latim, Liturgia, Teologia Pastoral e Direito Canônico. Em 1907, exerceu o cargo de Diretor do Colégio Diocesano Pio X. Em 1908, esteve em Cajazeiras como Vigário. A 29 de junho de 1915, tomou posse como primeiro Bispo Diocesano de Cajazeiras. Permanecendo em sua cidade natal até 29 de junho de 1932, quando tomou posse como Arcebispo Coadjutor da Paraíba, passando, depois, a exercer o cargo de Arcebispo da Paraíba como sucessor de D. Adauto Aurélio de Miranda Henriques. Faleceu em João Pessoa, a 18 de abril de 1959.

DO LIVRO ‘RUAS DE CAJAZEIRAS’, DE DEUSDEDIT LEITÃO

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