Abdon Cipriano Rocha: um nome na história

O Atlético Cajazeirense de Desportos perdeu no início da madrugada do sábado 31 de julho para o domingo 1º de agosto, um dos seus mais admirados dirigente dos anos dourados do clube no amadorismo e após essa honrosa passagem, um fervoroso torcedor que sempre queria saber tudo sobre o seu amado Atlético.

Estamos falando de Abdon Cipriano Rocha que aos 90 anos foi morar ao lado de Deus. Pois bem, “seu Abdon”, como gostava de falar, é um dos maiores atleticanos que a história pode provar e, reverenciar com todas as honras justas e merecidas.

Quando pesquisava para escrever o livro História do Futebol de Cajazeiras, nas entrevistas e conversas que Deus me deu a oportunidade de fazê-las, com pessoas que viveram a época acima citada no início desta escrita, não existiu uma só pessoa que não enaltecesse e cravasse com letras garrafais o que foi o senhor Abdon Cipriano Rocha na vida atleticana e, inclusive nos pedindo para que ele tivesse um lugar de destaque na obra e, assim fiz, convidando-o para o lançamento deste e colocando-o como homenageado na mesa das autoridades, isso é muito pouco para a sua vida vivida em favorecimento ao Atlético.

Confesso, o meu grande sonho era me aproximar dele, pois, sabia que ali estava uma história viva do nosso futebol cajazeirense e, não tive trabalho como pensava tê-lo. Certo dia o procurei, me identifiquei e tivemos uma “prosa” simplesmente fantástica sobre o futebol de Cajazeiras e principalmente o Atlético Cajazeirense de Desportos. Mas, “seu Abdon”, descobri depois, tinha uma paixão maior ainda, ela se chamava Estádio Higino Pires Ferreira, foi este senhor que buscou sempre todas as melhorias para o nosso histórico estádio.

Para tanto, quero aqui contar a história das torres de iluminação e o que ele era capaz de fazer pelo estádio, essa história, tenho-a gravada em áudio com ele contando-a em entrevista que fiz sem ele saber que estava gravando, claro, depois eu lhe contei, apenas deu uma bela gargalhada. O Estádio Higino Pires Ferreira estava prestes a receber os refletores, mas, para isso precisava das torres, assim, lá foi “seu Abdon” e seu irmão para Patos, ver no José Cavalcanti com tudo poderia ser feito.

Sabe o que aconteceu, ele subiu nas torres e foi tirar as medidas lá no alto onde os refletores estavam colocados. Essa é apenas uma das belas histórias que como apaixonado pelas coisas do nosso futebol, do nosso Atlético, estão eternizadas na minha memória. Com a sua passagem para a vida eterna, não tenho dúvidas, Cajazeiras perdeu uma das suas lendas do nosso futebol.

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