Transportes Marajó, empresa do Grupo Zerinho, completa 50 anos de existência

Atuando no mercado há 50 anos, a Transportes Marajó é uma das maiores empresas no ramo de transportes e distribuição de carga do país, com frota própria e várias centrais de logística para oferecer ainda mais qualidade nos serviços.

Além de prestar serviços de logística integrada em todo Brasil, a Marajó atua como operador portuário nos portos de Belém – PA, em Barra dos Coqueiros – SE, Suape – PE e no porto de Cabedelo, na Paraíba, onde é responsável pelo maior volume de cargas movimentadas. Instalações próprias completamente equipadas para atender aos mais rígidos padrões internacionais de qualidade logística. Opera com 100 veículos próprios e mais de 200 agregados.

Com o programa Qualidade Total, a Transportes Marajó consolidou-se no mercado como uma das melhores estruturas de logística, armazenamento e distribuição de carga do nordeste brasileiro.

A Empresa  Marajó Logísticas e Transportes, do Grupo Zerinho, completa, neste mês de maio, 50 anos de vida empresarial de desenvolvimento e progresso. A Rádio Oeste da Paraíba, realizou um programa especial, onde vários amigos do Grupo Zerinho, ex-funcionários e empresários, prestaram homenagens falando da trajetória de vida de Zerinho, da sua vida de tropeiro até a fundação da Empresa Marajó, uma ideia do seu amigo empresário João Claudino Fernandes.

Trajetória de Zerinho

Há trajetórias de vida de algumas pessoas que, à medida que realizamos uma retrospectiva, parece que tudo iria acontecer de forma natural, como se fosse o script de um filme que foi entregue na data em que essa pessoa nasceu.

Essa ideia parecia ser a de uma criança que nasceu lá no dia 22 de outubro 1937, na cidade do Barro (CE). Mas as coisas não foram bem assim tão simples e preestabelecidas. Tudo ocorreu com muito sacrifício, renúncia, trabalho e determinação.

Olhar para trás e discorrer sobre essa trajetória sem cometer os erros e vícios e ainda achar que tudo aconteceu naturalmente, é simplesmente deixar de buscar no mais profundo entendimento histórico de que um ser humano não vive plenamente a felicidade em toda sua vida, sem que haja muitas vezes a necessidade de conversar consigo mesmo e de perguntar: “se está fazendo a coisa certa?”; é não lembrar das intempéries sociais que o nosso país, estado e cidade viveu ao longo dessa “hoje brilhante trajetória”; é não contextualizar as dificuldades de uma região que durante muito tempo era considerada o “patinho feio” do país; é não lembrar das estradas mal conservadas que haviam, quando tudo começou, mas que ainda hoje sofrem com o descaso diante da grandeza que elas representam; é não lembrar do desconforto dos primeiros veículos de transporte de cargas; e por fim as dificuldades humanas, que mais cedo ou mais tarde, alguém um dia irá passar.

Isso posto, é apenas para dizer que não foi naturalmente que o Grupo Zerinho nasceu, cresceu e se manteve ao longo meio século mas, sim, foi sobre a égide de muito trabalho, determinação, renúncia e organização que tudo aconteceu.

Olhar para trás e não lembrar dos 11 irmãos mais novos que muitas vezes, mesmo sem mencionar, queriam ser o condutor da “frota de 11 jumentos” de seu pai, e que o menino Zerinho desempenhava com tanta maestria para retirar o sustento da família; olhar para trás e não mensurar o grande ensinamento Divino, nos tempos de seminário, e que tanto ajudou na formação de sua personalidade; olhar para trás e não buscar na sua própria história de vida os erros e acertos para reconhecer-se como ser humano, é como vir à vida e querer viver uma vida medíocre, sem lutas, decepções mas também muitas conquistas e glórias.

Se hoje estamos aqui fazendo esse breve histórico sobre a vida de um dos mais fantásticos empresários que cajazeiras viu nascer, é porque alguém foi capaz de aprender as necessidades de ser cristão partilhando e dividindo com o próximo para deitar e dormir ciente de que está tentando fazer o que é correto; foi porque, também, alguém conseguiu  assimilar os aprendizados de contínuo, balconista, vendedor e gerente para transformá-los em seu proveito como empresário, dono de seu próprio negócio. Isso com apenas 25 anos.

Mas, todo esse aprendizado, que havia adquirido a partir das observações do cotidiano de sua ainda breve vida, não iria ficar contido em seu interior sem extravasar em aventuras maiores. Com uma inquietação própria dos jovens; com a capacidade de observação da sociedade e suas relações comerciais da época; e ainda, com o germe de “tropeiro” contagiado lá atrás ainda na cidade do Barro (CE), no ano de 1963 inicia sua atividade empresarial solo com uma fábrica de sandálias, cuja matéria prima tinha que ser adquirida na cidade de São Paulo.

Dessa fábrica, a partir da capacidade de negociação, de agregar soluções ao negócio, da observação do que estava dando certo financeiramente e não apenas de um acontecimento lógico e natural que começou o germe da primeira empresa de transportes genuinamente cajazeirense. Pois as primeiras viagens em busca de mercadorias ao sudeste do país foram difíceis e penosas, sem muitos recursos para trazer matéria prima suficiente para completar toda a carga do veículo e não dar prejuízos teve que mesclar com mercadorias de alguns outros comerciantes de Cajazeiras, só assim baratearia a sua viagem e manteria sua fábrica de pé sem faltar matéria prima.

Mesmo tendo sido o nascimento da empresa de transporte Marajó o mês de maio no ano de 1970, mas podemos dizer que a semente foi colocada no substrato durante a primeira viagem para São Paulo concomitante com mercadorias de outros empresários cajazeirenses.

A partir da percepção do surgimento desse novo ramo, que na verdade para José Nelo Rodrigues era novo mas, para o menino Zerinho dos caçuás e cangalhas dos 11 jegues não era tão novo, Zerinho desbrava e inaugura um novo seguimento no comércio paraibano. E, o que se segue, todos nós já sabemos, um crescimento e aperfeiçoamento constante no ramo de transporte e logística Brasil à fora.

Mas como todos os inquietantes desbravadores Zerinho não iria ficar apenas nesse seguimento, desbravou-se também no ramo da política, e diga-se de passagem que desempenhou o papel que lhe fora confiado com muita habilidade e honestidade, tendo como principais destaque nos vários cargos que ocupou o de Secretário da Indústria e comércio do estado da Paraíba, Vice-Prefeito e Prefeito da cidade de Cajazeiras (PB).

A seguir utilizaremos os dados expostos, de quem melhor poderia descrever Zerinho, seu filho Arlan Rodrigues, em discurso proferido por ocasião da inauguração do SEST/SENAT de Cajazeiras que leva o nome de seu pai.

“Ao longo dessas cinco décadas, a empresa criada e dirigida por Zerinho, passou por várias transformações e adequações, sendo hoje a empresa líder em volume de cargas transportadas no estado da Paraíba com 1.000.000 de toneladas movimentadas em 2018, além de ser a única do setor a figurar, há mais de 10 anos, entre os maiores contribuintes de ICMS do estado da Paraíba. Além da Transportes Marajó, hoje com 100 veículos próprios, o grupo agora denominado Zerinho, fundou a TOPMAR (que atua na área de locação de equipamentos portuários), a PORTLOG (que atua na área de armazenamento e processamento de insumos para o setor cimenteiro) e a MARLOG (operador portuário nos portos de Cabedelo, Suape e Belém), além da Rádio Oeste da Paraíba e Construtora Marajó. Juntas, essas empresas oferecem hoje 300 empregos diretos e outros 200 indiretos.

A atividade empresarial no setor de transportes, também levou Zerinho a fundar a Associação das empresas de transportes de cargas da Paraíba, sendo o seu primeiro Presidente, entidade esta que viria mais tarde se tornar o atual Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Estado da Paraíba, do qual sou hoje o seu Presidente.

Ao lado de Sebastião Ubson Ribeiro, Thiers Fattori Costa, Adalberto Bezerra de Melo Filho, Edvaldo Bronzeado, Newton Gibson, entre outros, Zerinho teve a oportunidade de participar de várias demandas regionais e nacionais do TRC, inclusive o início da luta pra o setor se desvincular da indústria e criar o seu próprio sistema S, o que se concretizou em 1983, quando o então Presidente Itamar Franco sancionou a lei n° 8.706, criando o SEST/SENAT.”

COM INFORMAÇÕES DO PROFESSOR ELIENER DANTAS E REDAÇÃO DE JOCERLAN GUEDES

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