A arte de Yonas Pê

O antigo Atelier de Artes Plásticas que pertencia ao Núcleo de Extensão Cultural, quando na época esse era dirigido pela Universidade Federal da Paraíba, hoje UFCG, foi marcante no desenvolvimento das artes visuais de Cajazeiras, pois revelou talentos e incentivou muitos a trabalhar sua sensibilidade amparada no gosto e na satisfação do criar e do fazer – processos desencadeantes que só a arte contempla a quem quer viver da arte. Que o diga Yonas Pê, que deve tirar suas conclusões a respeito da relevância que a arte tem em sua vida. 

Yonas é um cajazeirense do seu tempo. Um artista multimídia, que mistura a profissão de músico com a de design gráfico, ilustrador, cartunista e se brincar, acho até que também deve ter experimentado o ofício das artes cênicas. A arte parece ser um antidoto que Yonas Pê carregar dentro de si e não troca por nada. 

Na terra do por do sol que encanta e que não é efêmero, e sim permanente, pois nos contempla todos os dias com o seu brilho e sua cores plumárias durante as quatros estações do ano, Yonas, assim como Bosco Maciel, Carlos Cardoso, Vilma Maciel, Marcos Pê e tantos outros que deixaram a cidade na busca de um espaço maior para mostrar seus talentos é mais um desses artistas que onde estiver, ou com quem estiver, representará muito bem a nossa arte e a nossa cultura.

De origem humilde, Yonas lapidou a sua sensibilidade artística vendo e vivendo os dons que seus avos demonstravam no dia-a-dia. Do seu avô materno herdou o gosto pelo desenho e do seu avô paterno a herança fez fluiu a paixão pela música, tendo a Banda Apocalypse um dos seus momentos mais significativos. Impondo a sua guitarra e um grito libertário no sertão, fez ecoar ao lado de Rocha, Gilberto, Fabiano Lira e Naldinho Braga, a marca do “rock and roll” da caatinga em vários lugares festivais espalhados pela região Nordeste a fora.

Nos anos 80, foi incentivado e levado pelo artista plástico Marcos Pê ao Atelier de Artes da antiga UFPB. Lá sob a orientação de Telma Cartaxo – coordenadora de Artes Visuais do NEC e demais integrante do Atelier de Artes, aprendeu mais um pouco do que já sabia nas aulas de desenho e pintura. E assim, começou a trabalhar melhor a sua sensibilidade e construir a sua arte, experimentando da cultura de Cajazeiras de tudo um pouco: a pintura, a música e o teatro.

Morando há 20 anos em Sertãozinho, São Paulo, Yonas Pê hoje é acima de tudo ativista cultural. Pois vive exclusivamente da arte e de sua defesa. Já tocou nas noites daquela cidade paulistana, usando o recurso da “voz e violão” para entoar as canções da MPB e também cantar a musicalidade tipicamente do interior nordestino. Trabalhou em agencias de publicidades e em serigrafias. Na metade dos anos 90, Yonas fez na cidade de Sertãozinho várias exposições de artes com temáticas diversificadas. No tradicional Salão Nacional de Humor de Piracicaba, o artista cajazeirense foi classificado duas vezes. Foi contemplado na categoria charge, para representar a regional onde está situada a cidade de Sertãozinho, no concurso do Mapa Cultural Paulista.

Casado, pai de um filho e buscando um trabalho mais independente, o artista multimídia cajazeirense Yonas Pê, montou o seu próprio bureau de criação onde desenvolve suas artes gráficas. 

Quer ver mais trabalhos de Yonas Pê? Acesse: yonaspe.blogspot.com.br

COM INFORMAÇÕES DO BLOG CAJAZEIRAS DE AMOR

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